Centenário de David Niven

Se estivesse vivo, o ator David Niven estaria completando 100 anos no dia 1ª de março.
Nascido em Londres, seguiu a carreira militar, a exemplo de seu pai, William Niven, que morreu na Campanha de Galípoli, durante a Primeira Guera Mundial.
No início da década de 30 mudou-se para os Estados Unidos, onde conseguiu alguns trabalhos como figurante em filmes. Em 1935 conseguiu um papel em "O Grande Motim" (Mutiny on the Bounty). Apesar de não ter falas, fez com que seu rosto aparecesse para as plateias de todo o mundo.
Foi então que chamou a atenção do produtor independente Samuel Goldwyn, que acabou o contratando. A partir disso a careira de Niven decolou. Nos quatro anos seguintes apareceu em 19 filmes, entre papeis coadjuvantes como em "Rosie-Marie", "A Carga da Brigada Ligeira" (The Charge of the Light Brigade) e "O Prisioneiro de Zenda" (The Prisioner of Zenda); e principais, como em "Patrulha da Madrugada" (Dawn Patrol) e "O Morro dos Ventos Uivantes" (Wuthering Heights). Assim, trabalhou ao lado de grandes nomes da época, como Errol Flynn, Loretta Young, Laurence Olivier e Ginger Rogers.
Em 1939 Niven retornou ao Reino Unido e integrou novamente o exército na Segunda Guerra Mundial. Nesse período atuou em dois filmes como parte dos esforços de guerra britânicos. Em 1944 participou da Invasão da Normandia, chegando apenas alguns dias após o famoso Dia D. Ao fim da guerra chegou ao posto de Tenente-Coronel e recebeu a Legião do Mérito americana.
Apesar de ficar longe das telas por seis anos, Niven era uma das estrelas britânicas mais conhecidas, tendo sido eleito o segundo ator mais popular da Inglaterra em 1945.
Somente em 1946 ele voltou a atuar. Mas a partir de então, passou a ser a estrela principal das produções. Trabalhou em "Neste Mundo e no Outro" (A Matter of Life and Death), "Um Anojo Caiu do Céu" (The Bishop's Wife) e "Encantamento" (Enchantment).
No início da década de 50 enfrentou problemas com Samuel Goldwyn com relação à distribuição de um filme, o que levou com que fosse boicotado pelos estúdios de Hollywood. Entre 1951 e 1956 atuou em 11 filmes, sendo dois da MGM e o restante produções inglesas de baixo orçamento. Nesse período acabou fazendo algumas participações em programas de tv, incluindo alguns realizados pela sua produtora Four Star Production.
Em 1956, Niven interpretou aquele que foi um de seus mais conhecidos papeis: Phileas Fogg em "A Volta ao Mundo em 80 Dias" (Around the World in 80 Days). Baseado na obra de Julio Verne, foi um dos mais assistidos e premiados filmes do ano, garantindo seu retorno ao primeiro escalão de Hollywood.
Em 1959 recebeu o Oscar de Melhor Ator pelo filme "Vidas Separadas" (Separate Tables). No mesmo ano estrelou sua própria série de tv, o drama The David Niven Show, que durou apenas 13 episódios.
Os anos 60 continuaram a ser um período de grande sucesso. Estrelou algumas das produções mais famosas da década. De dramas de guerra, como "Os Canhões de Navarone" (The Guns of Navarone); à épicos, como "55 Dias em Perking" (55 Days at Perking). Impossível esquecer ainda de duas comédias: "A Pantera Cor-de-Rosa", no qual interpretou Sir Charles Litton, que na verdade era o charmoso ladrão Fantasma; e "Cassino Royale" (Casino Royale), como James Bond.
Na década de 70 continou a atuar, mas não com o mesmo ritmo. Ainda assim são memóráveis suas participações em "Assassinato por Escrito" (Murder by Death) e "Morte no Nilo" (Death on the Nile).
Seus últimos trabalhos foram reprisando o personagem Sir Charles Litton em "A Trilha da Pantera Cor-de-Rosa" (The Trail of the Pink Panther) e "A Maldição da Pantera Cor-de-Rosa" (Curse of the Pink Panther), em 1982 e1983, respectivamente.
David Niven também foi um elogiado escritor. Foi autor de quatro livros, sendo três novelas e uma autobiografia. Esta última, entitulada "A Lua é um Balão" (The Moon's a Balloon), foi um grande sucesso, vendendo mais de cinco milhões de cópias.
Niven estava trabalhando em uma quarta novela quando faleceu em 29 de julho de 1983, em seu castelo na Suíça, aos 73 anos. Ele sofria de esclerose lateral amiotrófica, também chamada de doença de Lou Gehrig e doença de Charcot, cujos sintomas foram visíveis em seus últimos anos de vida.
Seja como ator, escritor ou militar, David Niven sempre foi para os fãs um exemplo de cavalheiro inglês, o que era sempre claro nos personagens que interpretava.
Esta é a homenagem do TVCINEMADVD aos 100 anos de seu nascimento.

Vídeos:

Susan Hayward e David Niven recebendo o Oscar



Tributo a David Niven



Homem nu invade apresentação do Oscar enquanto David Niven fala

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